28.5.11

Objetivamente

Porque sou percepção, sou ritual e sensorial.
Transitório é pouca veste.  E na poesia me recosto pra que a vida não me arranque a medida entre o atemporal e o determinante.

25.5.11

A trégua

Pensei que poderia com o mundo e hoje não sei caminhar com o peso que isso traz. Tive que construir fortaleza e não reconheço as saídas, desconheço o remanso. Entendo agora, que falta faz um abraço, recostar a alma ao fim do dia e não sentir o tempo passar.
A falta que faz poder a face molhar só pra esvaziar as dores, sem ter o receio que possa alguém notar. 

Meninas gostam de flores e vestem rosa. Meninos são fortes e não derramam lágrimas.
E eu que gosto de flores e não visto rosa, sou forte mas as lágrimas são mais minhas?
De buscar um lugar me canso...
Entre o sim e o não, entre o tosco e o contemporâneo, os pecados do mundo.
E que mágoa me faz a falta de sensibilidade e o rótulo
E que vazio a noite traz. Faz frio e está escuro.
Que falta faz o colo, a trégua e a rosa.