27.2.12

O que EU "também" não entendo, mas até posso compreender.

Posso não entender e ainda assim compreender o que é necessário ao outro.
Não entender passa muitas vezes pelo centro do ego.
Tento fazer com que faça sentido para o todo,
mas são tantos egos, que tentando excluí-los, não sobra muita coisa
Então no final das contas sempre resta um,
e é bastante solitário, até que se entenda que um mais um será sempre dois.
Amantes serão sempre amáveis, mas serão também indivíduos únicos e cheios de si.
E a solitude nem é uma prisão...é uma reclusão. O eu aprendiz! 

Reparando bem, sejamos práticos, sem essa de sentimentalismos baratos,
amor não tem nada haver com álgebra,
o amor tem haver com o que não faz sentido, com o que não cabe,
com o que se mistura e não se divide, não é racional, não é lógico.
E quando entram as operações, nossa! Adeus romantismo!

25.2.12

Retiro

Me retiro desta etapa, destes vícios, destes dias vindouros.
Só por este momento me recolho do fim, para que haja o recomeço.
 E que seja longo se for preciso, pois curto será para o quanto preciso.
Saio agora para olhar de fora os arredores e procurar por terrenos férteis.
Preciso plantar, para que a colheita não tarde.
Me retiro de você e dos demais, me retiro de mim.
E se tudo está tão turvo, vou buscar um pouco de luz.
Se as vestes não me servem, deixo-as por aqui a quem servir.
E se vocês não me encontrarem, percurso cumprido.
Estarei aonde os olhos não possam ver, me retiro.
Vou tratar meu coração que precisa da chama intensa,
vou tratar da minha mente, que precisa ser meu receptor e transmissor,
vou cuidar da minha alma, para estar forte e pronta para a doação
Um silêncio, uma pausa...
Quero deixar algumas páginas em branco, volto para escrevê-las mais tarde, um pouco mais tarde!