25.6.11

Cada um no seu quadrado

Algumas pessoas são incomodadas e por consequência incomodativas. "Fato!"
Dizem que dar atenção demais a estes "fatos" os passam do patamar de "coisas" para 'importantes".
Mas covenhamos que nada pior que a falácia, o julgamento e as pessoas com pouca coisa pra fazer.
O espantamento maior me acomete quando, mesmo tendo muito por fazer, pessoas "incomodadas": com o seu lugar, o seu formato ou seus feitos, se dão ao disbunde de perder o seu precioso tempo, com a vida alheia.
Alheia que não fosse a minha, permaneceriam "coisas". Incomodadas sem consequência, ainda e apenas, "coisas". Mas perá lá, "incomodativas"!! Inevitável o disperdício dos meus preciosos minutos pra expressar um profundo desagrado. Se é "ïmportância" o que lhes falta, então serão "importantes" ao menos até daqui a última palavra do meu escrito. Opções são pessoais, a minha vida só eu posso viver e gozar. O que me faz bem, pode não fazer pra outrem. E se ser "cult" é foda, pra mim é moda! A modernidade que lhe veste, pra mim é máscara! A sua indumentária é apenas uma forma de ser taxado como diferente, assim como muitos outros e olhando daqui, desculpa, mas é tudo tão igualmente enlatado! O ser contemporâneo pra mim é aquele que dá o que é seu a quem lhe for de direito. Que usa a sua liberdade pra  lhe causar prazer e satisfação, contanto que não ultrapasse o direito do seu próximo. Que sabe das normas, regras, princípios, e ainda assim vive sem permitir que a imposição social lhe esmague, sem permitir que os julgamentos o castrem. É conhecer o novo e saber do não caso o modelo não lhe sirva. É ser bregamente romântico ou radicalmente realista, se isso for conveniente ao seu momento. Então, vou terminando por aqui, porque importante mesmo é ser feliz.

7.6.11

Pé na estrada

Pulei da cama. É que tá uma gritaria lá fora!
Eu ouvi meu nome? Não, não é sonho!
E dá janela me pus a olhar. Tudo corria, nossa que atropelamento!  
Calma, calma! E nada de acabar a passaria!
E eu que tentava acompanhar o que se passava já ia me sentindo alvoroçada por dentro.
E de onde não se esperava, vinha vida e mais vida...
Como se não pudesse conter o coração saltitante, botei a atenção pra fora e prestei a olhar tentando achar a fresta pra pular a tal janela e botar o pé na estrada sem encontrão e esbarramento. Deus que me deixe chegar são, mas já nada me salva!
E o que era grito foi ao vento e eu entrei no turbilhão. Roda viva, vida roda e a mente no tempo, que não trazia. Roda viva, vida roda e o vento que só levava. Roda viva, vida roda e a mente que não parava.
Ouvi meu nome. Era a roda, era a vida que rodopiava, e eu rezava pra não a calmaria, mas que se desse um entendimento. Pra que lado a contramão?
Movimentava em mim tudo dentro, e botava de ponta a cabeça, o que era começo, e por fim, era assim que a história se dava, sentia a falta de chegada, porque sem partida, era longa a estada.
Mas agora, sempre assim, era vida que não tinha fim...E eu?
Só queria ver o tempo parar, pra te olhar da janela a passar.
Queria braços pra apear, porque em partir e em chegar, que graça? Já não via.
Mas eu ouvi meu nome!!! E se fazia tarde, já perderá tanto esse tal tempo, que não permitia mais o tempo de ir sem mim, pois se ele anda e eu fico a bestar?
O tempo é de uma destreza que não me presto a deixar que me escape entre os dedos e eu fique a olhar.
Era pouco o tempo, e eu não decidia se me ia ou se a te olhar seguia. E nessa afobaria, nem pensar podia, amarrei então a tua vida na minha, pra não te perder, no ir e vir, dessa romaria.

6.6.11

Pirlimpimpim

E então, voltei lá. Naquele dia. No momento em que nos encontramos.
Estava te olhando de longe e daqui deu pra entender. Foram poucos minutos naquele instante.
Minutos que se estendem e que pretensiosos sugerem a minha eternidade.
Você parado ali. Imponente! Majestoso, como se tivesse o domínio da situação. E tinha!
Luzes!! Cores, seus tons e nuances, tudo milimetricamente arquitetado.
Vejo o nosso brilho, sim, já éramos envoltos por uma claridade mesma, que nos destacava.
Posso sentir a nossa respiração...o palpitar do meu coração...o brilho em seus olhos...e o desejo.
Desejo que nos trouxe até aqui, até esse momento, para o hoje. E hoje, não sei parar de te olhar!
No momento em que a nossa pele se encontra, posso ver "aquele" brilho em seus olhos,
brilho que se reflete em mim e nos ilumina a escuridão.
Pra não ser mais hiato, pra não ser mais desencontro,
pra ser sempre o que se sente, o que se é e o que se quer. Sermos dois e sermos únicos.
Agora vem e salta comigo pra cá, pro que vem depois,
me dá a sua mão e não me deixa largar, porque já não tenho proposta que não seja o seu lado.
Não me deixa esse amor todo, porque em mim ele não cabe sem seus espaços.
Não me perca, porque meu tempo é já.
Eu nem posso mais dizer o que vem em mim, porque é sempre e tanto que só penso em preencher os vazios. Então pra te escutar me calo, pra te enxergar cerro os olhos e te sinto.
Espero que me alcances no primeiro momento, que me percebas e que seja tanto quanto, pra que um dia o sonho: realidade, que a composição: música e ser pra sempre mágica.

28.5.11

Objetivamente

Porque sou percepção, sou ritual e sensorial.
Transitório é pouca veste.  E na poesia me recosto pra que a vida não me arranque a medida entre o atemporal e o determinante.

25.5.11

A trégua

Pensei que poderia com o mundo e hoje não sei caminhar com o peso que isso traz. Tive que construir fortaleza e não reconheço as saídas, desconheço o remanso. Entendo agora, que falta faz um abraço, recostar a alma ao fim do dia e não sentir o tempo passar.
A falta que faz poder a face molhar só pra esvaziar as dores, sem ter o receio que possa alguém notar. 

Meninas gostam de flores e vestem rosa. Meninos são fortes e não derramam lágrimas.
E eu que gosto de flores e não visto rosa, sou forte mas as lágrimas são mais minhas?
De buscar um lugar me canso...
Entre o sim e o não, entre o tosco e o contemporâneo, os pecados do mundo.
E que mágoa me faz a falta de sensibilidade e o rótulo
E que vazio a noite traz. Faz frio e está escuro.
Que falta faz o colo, a trégua e a rosa.

19.4.11

Sensorial

Ficava ali esperando os dias, porque agora sentia que de tanto ser concreta, de tanto delimitar, se perderá e desconhecia até seus próprios espaços.
Pra que tantos planos se os panos se desgastam com o tempo?
Queria mais destino e menos tracejos, mais gracejos.
Observar os encantos e estes estavam em achar formas nas nuvens, no sopro da brisa lambendo a face. No faro e no sal dos sabores, no tato e em ver campos e flores.
Porque o prazer, estava em sentir o corpo, em ir buscando na rigidez dos músculos as tensões do dia e depois, encontrar um caminho até o eixo e retornar ao equilíbrio.
O exercício de ser, hoje lhe era sensorialmente ofertado, ao perceber as nuances das cores, a energia da áurea, os vôos da alma em busca dos sonhos, das sutis mensagens que por vezes se perdem sem serem traduzidas.
Não queria mais o decorrido, nem a exatidão do momento agora, só pensava em transgredir, se olhar de fora, sentir o coração e seus ritmos. Queria o que viria e isso era leve, deixando adentrar pelos poros, pela respiração, lentamente como melodia doce, como poesia mansa.
Agora ela podia aceitar e agradecer sua nova vereda, porque aprendera a olhar pra dentro, a enxergar de olhos fechados.

7.4.11

O espelho

Pai eu te amo, mas,
tudo que me esvazio hoje te dizendo aqui,
tudo que me deixou como herança familiar, não, nada disso me pertence.
As dores, os pesos, as culpas ditas por ti, o controle exercido,
a austeridade máxima, a autoridade impiedosa, não te permito mais!
Pai, eu te amo, mas,
você não acreditou em mim quando precisei de incentivo, ainda não acredita
e eu que quase caí no seu jogo de baixa estima, quase me dei por vencida.
Quase me afogo nas suas tormentas. Uma agonia! Só me debater e afundar, esgotar energias, exaurir as forças, uma avalanche na alma.
Pai, eu te amo, mas,
agora abandono sua voz que me ditava, não te permito! Se queres a mão te dou, mas não a calma, não vendo a alma. Se queres reconhecimentos e agradecimentos, também posso dispendê-los sem muitos esforços, pelo seu caráter e bons exemplos, pelos seus esforços para nos financiar e pela educação ímpar.
Pai, eu te amo, mas,
não por sua idade avançada, ou por pena ou por seres "pai", sempre admirei suas conquistas, sua forma intensa de viver a vida, a felicidade para tocar em frente. Admiro a sua experiência de vida adquirida. Mas essas vestes pai, não servem em mim!  Eu quero escutá-las, reconhecê-las e reconduzí-las.
Pai, eu te amo, mas,
não quero silenciar a contra-gosto, suas faltas, e o desassossego por conta das palavras ríspidas e desrespeitosas que diriges a cada um de nós quando perdes o equilíbrio. Não vou mais ouvir e aceitar.
Pai, eu te amo, mas,
já sou adulta e o que dizes, faz mal a mim, agride a alma, a serenidade e me joga na escuridão. Não é porque por vezes busco o auxílio, um exílio para as dores e dificuldades da vida, que permito a invasão do privado. Quero ter em você o amigo, o alívio e o descanso. E em troca poder oferecer o  o carinho e a gratidão.
Pai, eu te amo, mas,
precisas saber que não são suas palavras duras, escarnecendo de minhas escolhas e conquistas, dos meus méritos e de minha maternidade, que vão me fazer ter raiva e querer te provar que posso ser melhor do que pensas.
Já sou melhor, melhor do que posso, melhor porque sempre quero mais.
E se hoje pensas mal de mim e dos meus feitos, eu de cá, só posso sentir e ressentir por ter que me ausentar da tua presença de amigo.
Pai, eu te amo, mas,
preciso que saibas aonde vão os meus castelos,
que a sua força não é maior e você, nem é melhor do que eu ou do que ninguém.
Não me ofereças o fracasso. Eu? Repulso!
Porque sou forte, até aonde precisaria de remanso!
Pai, eu te amo, mas,
por tantas vezes clamei seu estímulo, um ombro, me recostar, debruçar em suas palavras.
Sim, sim, elas vieram, sempre, tantas, palavras, tantas!
Sempre imperativas, descalçando, descabendo.
E eu achei que nunca ia conseguir calar aquela voz dentro de mim.
Esperei, esperei, esperei demais... e esse tempo que não me espera.
Não me tome por baixo, não me pise, não me coloques abaixo de...
...porque daqui posso ver suas fraquezas.
Agora me descubro e calo-te!
Pai eu te amo, mas,
hoje tomo as rédeas da minha vida, porque assim eu posso seguir feliz e em paz!
Vou aonde quiser, aonde alcançar, sem me culpar por não ter conseguido chegar,
sem me achar fracassada, ou menor.
Agora tenho prazer na vida como ela pode ser, por fazer sentido pra mim e pra mais ninguém. E das culpas que tenho, as minhas já me bastam.
Pai, eu te amo, mas,
Apesar de termos afinidades eu não sou igual a você, eu não sou igual a ninguém e a minha vida é só minha, ninguém vai vivê-la pra mim, ninguém vai gozá-la por mim.
Então, que eu desfrute do que me é palpável, do que me é por gosto, do tempo que tenho em vida.
Pai, eu te amo, mas,
antes que pudesses me fazer e descrer de mim
eu descobri que tenho forças para não permitir
e principalmente pude te olhar para não repetir o seu reflexo.
Pai, eu te amo e te aceito!
E dessa forma, voltas a figurar como deves,
imagem no espelho, semelhança do eterno amor.
Porque assim de longe posso te iconizar
e te desumanizar e te deixar no altar, de onde os pais nunca deveriam ter descido.
Pai, eu te amo, mas
me aceites também do jeito que eu sou.
E se me queres melhor me fale com jeito.
Estamos todos a caminho da evolução e do crescimento pessoal
e a sua mania de perder as pessoas pelo caminho, só por não pensarem como você
ou só por não acatarem as suas visões.
Pai, eu te amo, mas,
você precisa saber domar o seu ego,
todos viemos ao mundo unicamente para aprender, e o não querer, é a mortificação da alma
toda as suas escolhas e abandonos só vão te levar a um caminho solitário, duro e frio.
Pai, eu te amo e,
temos tão pouco tempo para sermos felizes, para estarmos todos unidos e fortes
na alegria e na tristeza, que não poderia deixar de te escrever tudo o que sinto.
Chega de distâncias, de birras, ainda não aprendeu que não é bom estar longe de quem lhe quer bem?
A vida é uma só! Nunca é tarde para se rever conceitos equivocados.
Tenha uma vida mais feliz junto aos seus!

22.3.11

Ninho

Uma vontade louca de enroscar perna com perna e as roupas no armário.
Desejo enorme de ser dois em um mesmo tempo. E de ser mais.
Falta de poesia e a realidade do jeito que ela vem, crua.
Um coração pulsando e cansado de bater pra si.
E esse dia que não tem fim e nunca que se dá outro "clarecer"!
Liberdade que me grita: Mais alma! Mas que quer se prender a outra calma.
Alma que quer ser gêmea, e um peito pra se aninhar.
Pra chegar foi preciso partir. E se tiverem partidas mais?
Outras mais, pra que se achegue o amor se não chegou
e se já chegou e se não se for.
Se me vem esse vento, pra dizer do momento,
que eu tanto anseio, clareio como luz de luar,
como raio solar, sou a prata no mar.
Ai, se me vou não volto lá, como quero ficar
e esse tempo que não faz, nem desfaz, mas se me traz, nunca mais
nunca mais vou ser só, "só" de só mais um,
"só" de solitude, "só" de só isso e nada além.
Já são tantas partidas e chegadas,
quero porto, quero ninho, quero aconchego de colo
ser criança dormindo sob o olhar dos pais
quero ser sonho bom, sem precisar acordar
cheiro no cangote, cafuné pra ninar
ser amor pra se amar.

24.2.11

E Agora?

Agora, pode ir...e não olhe pra trás, não podemos nos prender, arrepender, só nos perder. E depois a vida é dura e o tempo muda tudo. Então, são sempre arriscados os fins e os começos, os recomeços e os amores. Assim como os desamores, os dissabores. Mas o que seria de mim se não fosse só sentir, só intensidade, de um exagero sem chão, nem teto. Eu sou assim. Mas acho que você não notou, não gostou, não topou ou nem olhou. A minha dança é sempre a espera da sua contra dança, mas agora que você tá indo, não esquece de fechar a porta que é pra eu não sair correndo por aí, meio louca, meio santa, a tua procura. Essa porta entreaberta, se me faz olhar a fresta, já me faz doer por dentro. A janela! Então, olho a janela e assisto ao horizonte que é linha reta, pra que eu não me perca nos círculos infindos do ciclo espiral. Amor não é fácil de achar, não é fácil de dar, não é fácil receber, nem é fácil perder. Mas estou acostumada a apanhar, eu levanto mai sforte e quero mais. Medo? Fica na última parada, porque eu sei que estou bem perto, de mim, mas agora é tão longe olhar pra você. E me dói a distância, a ausência e a reflexão, assim como a decepção, a falta e o eco das minhas palavras neste vazio.
Agora, pode ficar...já não faz mais diferença, não ter o seu amor me faz cegar, falta de ar e no peito já não bate o coração.

21.2.11

Novo Rumo

Alma nova, querendo borboletear. Aí!Sair de si, por ai e voar...
Querendo céu, querendo azul, querendo se dar a quem...
Sempre limites! Mas agora não! - Disse não.
Alma minha, vai bem longe, e só volta se,se,se...se,se,se...ou não volta mais,
mas me leva daqui! Muitas curvas, o peito a tilintar e a boca seca a murmurar:
- Eu fui, não vou mais voltar.
Então se fez hora, eram sinos e fadinhas de luz.
- Podem vê-las?
Agora posso ir. Ah, e não me esperem, eu já não volto por aqui, nem por ali, nem acolá. Não me reconheçam, também já não sou.
Sinto saudades de vida, então me jogo embebecida, perco rédeas,
e vida seja bem vinda porque nasci para "ser" e nem sei, mas serei.

9.2.11

E eu passarinho

Dias como os seus onde me reconheço,
onde me alcanças e o seu toque...
Me encanta em sua voz o canto
a me percorrer os sentidos.
Acreditar já não podia mais,
quando vi sua luz, refletindo mar
a me clarear, fazendo da noite fim
Então, aconchego de ninho
e eu passarinho.
Tudo me fez alma
e de você a calma
pra esse meu penar.

26.1.11

Será minha a contra dança?

Antes era sim de se pensar em música,
era sim de te esperar.
Porque você sempre viria
a me chamar para a contra dança.
Você estava e me encantava!
Hoje não entendo bem.
Qual motivação
que já não sinto àquela?
Dizem que o tempo faz com que tudo se esvazie em proporção
Eu? Não posso acreditar!
Porque tudo em mim é tanto...
Não minimize minhas atenções e desatenções
meus alentos e desencantos.
Uma hora há de virar abóbora o conto,
há de morrer o canto.
E eu te tirei pra dançar,
Mas que não se repitam os meus erros
porque dor que fica não se explica.

Ensurdecedor

Momento esse em que tudo cala
e o silêncio intui a vida que não vivi
aguçando os sentidos, um a um, como se tudo fosse mais
na falta da fala, escuta então.
É como se o vento ninasse
e a noite, pausa para os corpos cansados
as línguas exaustas, as palavras surradas.

Tempo de pensar, acomodar, organizar
ah, esse silêncio que regozija
que traz inquietude de dentro pra fora
silêncio que movimenta a engrenagem da mente
que faz um tic, tac incessante.

Mas aqui fora, quanta paz...
Há de se estranhar
mas eu, só quero um lugar.
Não dito, pelo dito e que fique em mim
Então pausa, pausa para a respiração, para rebater a loucura,
a pausa do retrato...pausa para ouvir todo este silêncio.

3.1.11

Pra poder sonhar

Flamejante, saltitava entre a vida e os abismos.
Medos? Os tinha. Mas não se escondia.
Se disfarçava, mas só pra brincar o carnaval.
O resto estava na cara, lavada e exposta ao sol.
O coração maior que o mundo e às vezes,
caia do alto, mas não deixava de subir em árvores,
as mais frondosas, as copas mais elevadas.
Porque de lá, podia ver melhor a paisagem que ganhava o longe.

Pé no chão pra trocar energia e a alma clara.
Mãos querendo alcançar as nuvens e o céu era o limite.
Brincava de relampear, por vezes chegava a trovejar.
Só dormia pra poder sonhar, porque a vida era pra se desejar.
era pura demais pra desacreditar do amor dos homens
Amor que nunca tem fim, era assim, prosa com a vida,
de amores cheio de cores e amores, e mais amores...

Outras horas, se enchia de dúvidas e dores
depois se enchia de lágrimas e lavava os olhos
e desanuviava o coração
assim deixava o piano no meio da sala
porque o que desejava mesmo, era a leveza das asas