24.2.11

E Agora?

Agora, pode ir...e não olhe pra trás, não podemos nos prender, arrepender, só nos perder. E depois a vida é dura e o tempo muda tudo. Então, são sempre arriscados os fins e os começos, os recomeços e os amores. Assim como os desamores, os dissabores. Mas o que seria de mim se não fosse só sentir, só intensidade, de um exagero sem chão, nem teto. Eu sou assim. Mas acho que você não notou, não gostou, não topou ou nem olhou. A minha dança é sempre a espera da sua contra dança, mas agora que você tá indo, não esquece de fechar a porta que é pra eu não sair correndo por aí, meio louca, meio santa, a tua procura. Essa porta entreaberta, se me faz olhar a fresta, já me faz doer por dentro. A janela! Então, olho a janela e assisto ao horizonte que é linha reta, pra que eu não me perca nos círculos infindos do ciclo espiral. Amor não é fácil de achar, não é fácil de dar, não é fácil receber, nem é fácil perder. Mas estou acostumada a apanhar, eu levanto mai sforte e quero mais. Medo? Fica na última parada, porque eu sei que estou bem perto, de mim, mas agora é tão longe olhar pra você. E me dói a distância, a ausência e a reflexão, assim como a decepção, a falta e o eco das minhas palavras neste vazio.
Agora, pode ficar...já não faz mais diferença, não ter o seu amor me faz cegar, falta de ar e no peito já não bate o coração.

21.2.11

Novo Rumo

Alma nova, querendo borboletear. Aí!Sair de si, por ai e voar...
Querendo céu, querendo azul, querendo se dar a quem...
Sempre limites! Mas agora não! - Disse não.
Alma minha, vai bem longe, e só volta se,se,se...se,se,se...ou não volta mais,
mas me leva daqui! Muitas curvas, o peito a tilintar e a boca seca a murmurar:
- Eu fui, não vou mais voltar.
Então se fez hora, eram sinos e fadinhas de luz.
- Podem vê-las?
Agora posso ir. Ah, e não me esperem, eu já não volto por aqui, nem por ali, nem acolá. Não me reconheçam, também já não sou.
Sinto saudades de vida, então me jogo embebecida, perco rédeas,
e vida seja bem vinda porque nasci para "ser" e nem sei, mas serei.

9.2.11

E eu passarinho

Dias como os seus onde me reconheço,
onde me alcanças e o seu toque...
Me encanta em sua voz o canto
a me percorrer os sentidos.
Acreditar já não podia mais,
quando vi sua luz, refletindo mar
a me clarear, fazendo da noite fim
Então, aconchego de ninho
e eu passarinho.
Tudo me fez alma
e de você a calma
pra esse meu penar.