22.6.14

Simples assim

Conheci um menino que não tinha crenças,
também não tinha essa tal maturidade de que falam por aí,!
Não acreditava no que se dizia e se espalhava...
Era feito de vento, verdades,
que acreditavam ingenuidade, mas era só coisa pura, coisa nua, peito aberto.
Bobo não era...era bom!
Era tipo coisa crua e dos homens fazia pouco com seus ares de intelectuais,
porque dele só vinha o que era manacial, que fluia rio e a arte que jorrava pelos poros.
A arte que lhe salvava toda vez que parecia se afogar num mar de filosofias pregadas.
Era suavemente inocência, porque era leve, porque era sinceridade,
mas não era tolo ou bufão, era límpido, era nascente.
Eu que me esmerava para entender, o que, o porquê, quem vinha e pra onde ia, não entendia.
Mas não era coisa pra se entender, era só estrada, passagem sem volta.
Não sabia pra onde ia mas fazia o melhor caminho e em cada parada não se destinava,
apenas continuava do jeito que sabia, seguia.
Em que pé estava não pensava, mas em suas meninices, era o melhor homem que já tive,
era o melhor exemplo, a melhor circunstância, a maior segurança, o lugar mais calmo,
o melhor criador, genitor, protetor, cuidador, autor da história mais linda que já vivi.
O meu cais!