1.5.16

Não me cortem as asas

Viver do medo, da culpa é uma prisão em vida.
Não me cortem as asas, pois foi para voar que me fizeram pássaro.
Os muros não me aprisionam, mas a sua gaiola de saberes me diferencia e exclui,
 me separando e me dizendo que me darás de comer e beber para que eu cante pra você.
Assim me dizes que estou dentro e em melhores condições, protegido do mundo que fere.
Quando tu és fera e eu ferido. Me permita o céu e de lá poder ter a sensação de amplitude do livre estar.  Porque me limitar? Pássaro cego o Assum Preto, que não pode ver a luz, a cor do mundo.
Eu Sabiá, pois fiz "tantos planos de me enganar,
como fiz enganos, de me encontrar, como fiz estradas de me perder".
Não, eu não vestirei a mortalha do tilintar dos relógios. Eu passarinho!!!

Condição

A vida vale cada tolice, cada malcriação do filho maior é o choro do menor. A vida vale todo amor passado, cada dor sentida, cada ruga vivida! A vida é o filho crescendo, a conta atrasada e o tempo correndo! A vida é sentir a respiração, pulsar do coração e toda emoção! A vida é plena, intensidade e explosão! A vida é alma, sensibilidade e intuição! A vida...abismo, pássaro voando e contramão! Se jogar é preciso! Alçar vôo é necessário! Amar é condição!

Asas de luar

O ontem passou e deixou um cheiro de rosas!
Deixou uma luz acesa na cabeceira
e o livro aberto naquela página que marquei com caneta vermelha.
Hoje ao acordar, uma ressaca de   pensamentos e o corpo ainda abraçado aos sonhos.
Corro a rascunhar a realidade num dia novo e me faço algumas novas propostas
e outras mesmas que ainda não cumpri.  Me convencendo a ser com a força que escrevinhei.
Vou "me acreditando" e aceitando esse sopro dourado de energia solar.
Saio a vagar por mais uma noite, pedindo aos anjos e as estrelas
que me contem seus segredos mais profundos,
 e faço promessas de acreditar!
Se me lembro não sei...
mas acordo achando que aprendi a "borboletear"!