Me disse sobre a hipocrisia,
os caminhos da vida,
a filosofia do ser.
Disse que eu voltaria atrás,
me converteria ao simples
porque era de lá que eu vinha,
que nada ia ser diferente.
É, de onde eu vim, me ensinaram assim.
Disseram: -vai!
Mas eu estava envolta em grades.
Não procurei por portas, apenas consenti.
Nunca me perdi, não me permiti, fiquei bem ali.
E você me ofereceu asas...
Sabe, costumava fechar os olhos
e sobrevoar lá fora...
Mas no final, pouso seguro,
de volta à casa.
E você me ofereceu asas...
Queria mesmo é que me tomasses conta
por onde quer que eu passasse
com olhos de desejo,
que me abrasasses a alma
sem alcançar o corpo.
Agora,
agora fico olhando aqui de cima
e me parece tão alto!
Eu não sei fingir, eu só sei sentir.
Tudo é tão intenso aqui,
ou deveria ser!
O efémero não me é afim,
na verdade ele mal começa
e é tão pouco pra mim,
que determina seu fim.
Encenar, ah sim!
Aí é diferente, o sei bem!
Também estamos falando de intensidade,
de vestir as dores, os risos, as fúrias do mundo.
Subo neste palco e não me tire daqui
enquanto o ato não acabar.
quero que pagues pra ver,
mas pode ficar com o troco
o faço por prazer!
No final, a vida é uma troca
e não há jogo sem interesse.
Mas quando eu despir a fantasia
ainda quero as asas,
o Arlequim, deixo pra você.
E quando a última máscara cair,
não me tenhas pena,
quero que me olhes os olhos molhados,
e veja a mim, desse jeito,
envolta em panos claros, pura,
sem as vestes da arte.
Pois é assim que sou.
sem género, eles não me agradam.
Eu não sei fingir, mas só sei sentir,
se me encanta o toque da alma!
Muito bacana... me amarro em vir aqui e ler coisas boas que mexem com a mente e o ser...
ResponderExcluirMas eu prefiro a feia... rsrsrs
Anjo!
Eu prefiro a bonita!!!!
ResponderExcluirA bonita, é quase bonita e a feia quase feia...
ResponderExcluirE o que é bonito? (Lenine)