22.7.10

saber viver

Enquanto você não esteve, não consegui refletir
só queria diminuir os espaços.
Tive medo de mim e de você, mas não havia o que,
tudo era só o momento da ausência. De que?
Tudo tão bom na presença.
Saber lhe dar com o meu gostar, me permitir receber.
Era eu, ali constituída de vento e bolinhas de sabão,
Pouco palpável, mas era eu estendendo a mão e aceitando,
era tangível, era fato, era ato.

E você estava a me dizer gracejos e tirar sorrisos
e as tais borboletas no estômago
e os seus achegos, a nossa respiração.
Pra que dificultar? Porque Machado já dizia: "os espinhos têm rosas."

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