Esperei, te esperei e no momento certo,
você.
Te plantei e esperei e cuidei...
É como se um filho, a revolta, é como se o mar
e quase me afoga!
Te observei e reguei com as lágrimas da chuva
e o tempo a mudar.
Assim quando o fruto se fez, por mais de uma vez,
te esperei
e a ausência, foi o que soube me dar.
Você não esteve lá.
A estranheza das entranhas e do peito e do feito,
não pude conter, não pude me esconder,
mas nada te fez estar.
Nem a dor, nem o nó, nem o coração no peito,
não houve esconderijo, nem o seu colo, nem o leito.
Pensar em mudar, em sorrir, desatar?
Em você, nada pra reconfortar.
Não houve um só lugar que eu quisesse estar
que não os seus ombros pra chorar,
os seus braços para me alentar
pedi por seu olhar,
você não pode dar
nunca mais esteve, fugiu de mim,
fugiu pra onde?
Não pude,
não pode mais se encontrar.
Seus cuidados, nunca os tive
e assim foi morrendo, fui morrendo e vou morrendo
uma vez por suspiro, a cada vez que respiro,
mas morre comigo você e a tristeza que vou enterrar
E da nossa colheita, só restou o que soube plantar em mim,
o não amar.
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