3.1.11

Pra poder sonhar

Flamejante, saltitava entre a vida e os abismos.
Medos? Os tinha. Mas não se escondia.
Se disfarçava, mas só pra brincar o carnaval.
O resto estava na cara, lavada e exposta ao sol.
O coração maior que o mundo e às vezes,
caia do alto, mas não deixava de subir em árvores,
as mais frondosas, as copas mais elevadas.
Porque de lá, podia ver melhor a paisagem que ganhava o longe.

Pé no chão pra trocar energia e a alma clara.
Mãos querendo alcançar as nuvens e o céu era o limite.
Brincava de relampear, por vezes chegava a trovejar.
Só dormia pra poder sonhar, porque a vida era pra se desejar.
era pura demais pra desacreditar do amor dos homens
Amor que nunca tem fim, era assim, prosa com a vida,
de amores cheio de cores e amores, e mais amores...

Outras horas, se enchia de dúvidas e dores
depois se enchia de lágrimas e lavava os olhos
e desanuviava o coração
assim deixava o piano no meio da sala
porque o que desejava mesmo, era a leveza das asas

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