1.5.16

Não me cortem as asas

Viver do medo, da culpa é uma prisão em vida.
Não me cortem as asas, pois foi para voar que me fizeram pássaro.
Os muros não me aprisionam, mas a sua gaiola de saberes me diferencia e exclui,
 me separando e me dizendo que me darás de comer e beber para que eu cante pra você.
Assim me dizes que estou dentro e em melhores condições, protegido do mundo que fere.
Quando tu és fera e eu ferido. Me permita o céu e de lá poder ter a sensação de amplitude do livre estar.  Porque me limitar? Pássaro cego o Assum Preto, que não pode ver a luz, a cor do mundo.
Eu Sabiá, pois fiz "tantos planos de me enganar,
como fiz enganos, de me encontrar, como fiz estradas de me perder".
Não, eu não vestirei a mortalha do tilintar dos relógios. Eu passarinho!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário