Estive lá quando os ponteiro marcaramm a hora
a ausência, eu e
no vazio de dois
resta um...
Nas badaladas corri
quase morri, chorei,
gritei aos cantos, quase enlouqueci.
O coração na bandeja, um troféu na estante e
uma foto em preto e branco
pendurada na parede
desgastada pelos anos,
nela eu e um rosto, um gosto
e o cheiro que tomou conta do local.
Tudo me trazia um passado tão presente
nos olhos lágrimas embassaram a visão
torpe olhei a foto
vi que sumia eu também.
Uma lágrima solitária
percorreu a pele clara
uma dor cortante e uma certeza
tudo estava fora de mim
Já não era mais meu,
nem era mais eu!
Aonde estavam os traços, as marcas?
Nos arredores, nada era familiar
e o amor que rondara
agora a me agoniar, caiu do peito e quebrou
Pode ir embora a alegria
deixo ir a beleza dos dias
e o acalento das noites
não vou mais ficar
nem é meu este lugar.
Se não posso fazer recomeçar
tocar-te com as mãos
a como eu quis poder...
não permitir a partida,
Se já não consigo lembrar qual rosto na foto
todo passado parece
ter sido apenas sonhar
e tudo o que era paixão,
assim como tudo que era belo,
antes que eu ensandeça
faça Deus que desapareça...
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