15.1.10

Notícias deste lugar

Como andas?
Há quanto tempo!
E como fico feliz em revê-lo e sabê-lo.
Quanto às notícias? Ah meu amigo,
nenhum momento melhor para contar-te:

Ando enormemente tomada por um sentimento que por aí denominam "amor".
Mas não esse amor que andam falando as bocas. Não!
O amor que te falo, nada tem de mesquinho, castrador, egóico, possessivo.
Estou é comprometida! E posso lhe dizer que há algum tempo.
Mas é tão leve, que só o percebi há pouco...
É, percebi. Ele está em mim, o comprometimento. E eu nem sabia.
Eu comprometida? Ah, essa é boa!
Sim. E se é meu caro!
E é tão bonito, quanto é feio e é tanto que não se pode negar.
Posso lhe dizer, é como o escuro, não podemos enxergar o que vem depois,
mas não importa, porque é dentro, onde se interioriza o medo, se engole à seco, aonde precisamos acreditar na nossa verdade, porque é só ela que existe, ali, no escuro.
É isso! O medo!
É tanta realidade...na presença, no toque do corpo, no encontro das almas.
Chego mesmo a sentir medo! O medo da desproporção, do descontrole, o deixar os pudores, medo de acreditar, da falta dos limites e o medo de delimitar.
E eu sempre estou de volta, porque não sei ir, só voltar.
Sentimento, sentimento...que não acaba, rs, não acaba!
É o que está no coração, o que grita ao corpo, o que a mente cria, inspiração, desassossego e também a proteção, o toque, o afago, a respiração, o querer estar só pra ficar um pouco mais, o que não precisa de mais nada para completar, aonde os outros rostos se perdem e não fazem mais sentido. A verdade mais pura e ingênua.
O tosco!
A imagem da menina que quer se entregar, se perder, em troca de colo, de sonho...
Ah, posso te contar...por um sorriso, pela voz ao pé do ouvido, pelo beijo na face...Me ilumina, e fico, vou brincando de ficar.
E como sou mais quando estou neste lugar! A relação mais real que já vivi, a mais bonita, a mais intensa, que alimenta a mente.
Ando criando e com mais vontade de ser, de viver.
Nesse lugar em que me encontro, consigo amar o feio e me deleitar com o todo.
E é tanto! Se ao menos eu soubesse o quanto...
Fico a me observar e nem sei o que faço depois.
Depois?
Depois daqui, depois deste lugar.
Na verdade?
Nem sei se existe o depois.

Meu querido amigo, me despeço com pesar, mas lhe deixo estas notícias do meu despertar, onde volto a me reconhecer, aonde posso dizer-te que em outro momento melhor não poderia estar e fico feliz em compartilhar...

Lembranças aos seus...

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