5.3.10

Labirinto

A ordem e a desordem de fatos e atos
é tudo atemporal na mais perfeita imperfeição.
Falar do que podemos controlar,
mas com as mãos abertas, estão livres as possibilidades.
O só sentir, a emoção, o não racional,
o não estar preparado para o que a vida apresenta.
Não era tudo pra já,
mas o daqui a pouco? Não existe mais.
As vitòrias e derrotas perante o amor.
E eu que já estou cansada deste lugar comum!
Porque tanta repetição?
Eu passo por aqui todas às vezes,
tantas vezes que já perdi a conta.
Não pode ser sem intenção
ou seja lá qualquer pré diposição
se é carnal ou espiritual
não consigo entender porque me sinto no tal espiral
nada passa longe de ser o que já foi, e volta a ser
quando espero conseguir projetar desejos, anseios,
talvez egóicamente não deixe a vida agir
me digo interiormente o que queria:
quem sabe mudar os personagens, sair da história
desistir, ter possibilidades de fazer diferente
A vida, há vida, há medo, o medo
mas agora tá tudo tão sem perspectiva,
presa nesse labirinto, só me bato contra as paredes
eu quis tanto e não consigo conceber
Conceber...sim, não consigo acreditar, mas não sei como desistir
Não me perdoaria se errasse o caminho que já trilhei
me sinto impotente, inoperante,
o presente, um milagre, mas que horas são?
Não faz mais meu estilo perder a hora.
Ser forte pelos outros e
deixar a minha história pra mais tarde!
Porque não fui forte antes?
Sempre patinando, sempre desejando e nunca realizando.
Eu não me permito jogar tudo água a baixo, não de novo!
Posso não ter outras oportunidades!
Ainda tenho as minhas mãos, eu posso fazer,
ninguém pode me dizer o contrário.
Não deixo mais ninguém me machucar
não deixo mais dizerem o que é bom pra mim
A intuição, tudo que vivi, o que senti
vou me deixar conduzir pelo que enxergo bem aqui dentro
sei que alcançarei um lugar onde poderei descansar
aonde nada será imposto,
lá será só vida, arte e recompensa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário