Nunca mais me vi em ti, não me quis sem mim.
Não me vi sem ti, mas não te vi mais...
Como eu dissesse a mim, não te quero mais,
mas como eu queria, há poucos minutos atrás.
Ah, como somos estranhos a nós mesmos, não é?
Há um tempo eu me conhecia e hoje
eu te vejo e já não sei bem mais
se é você ou me vejo refletida em ti
se são aguás passadas ou torrenciais por vir
como se eu pudesse te tirar daqui e não pemitir
o que você me faz e ainda o que não faz.
Não te vejo mais, você passou tão rápido
que não lembro se senti ou pressenti
mas não te permiti e não te desculpo pela minha fraqueza
ou pela sua franqueza, qual foi mesmo a ordem?
Não me lembro mais!
Não tenho as perguntas, me destes as respostas
que não fazem mais sentido, desordem.
Não me tocam, não me toques, não nos tocamos mais.
A música passou. E a letra? Não recordo mais.
Em meus ouvidos você, a melodia e a sua língua
que não se traduz, que me faz sentir,
que não posso mais. Não suporto a sua presença,
ou a sua falta, ou a indiferença, ou a minha crença,
nessa ausência de encontros, perdi a alma, pedi por calma,
sofri na palma, e nas suas mãos, me deixei, me perdi.
Não te vejo mais, não acredito nas palavras soltas ao vento,
sem tempo, espaço ou condição, ou contra-mão, ou direção,
ou sem razão, sem emoção, contradição...
Você se vestiu de sombra enquanto eu brilhava
e quando eu me vi já era tarde, estava escuro, fazia frio
e você nunca esteve, não passou. Não existe, não exite!
Fora daqui! Dentro do mundo, fora de mim, fora de si.
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